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A mostrar mensagens de 2008

A Crise ano 11

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Cavaco Silva promulgou ontem o Estatuto dos Açores, um diploma que considera colocar em causa os poderes presidenciais que lhe foram atribuídos pela constituição, através da promulgação feita através de uma lei ordinária. O Presidente da Republica já se tinha insurgido contra esta lei quando foi pela primeira vez votada na Assembleia da Republica, quando no último dia de Julho fez uma comunicação inédita ao país sobre este assunto. Na declaração que fez ontem sublinhou “abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República” [….] “a situação agora criada não mais poderá ser corrigida” e “introduz um precedente muito grave” […] “abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República”, que ficam sujeitas à “contingência da legislação ordinária”. E acrescentou: “A qualidade da nossa democracia sofreu um sério revés” […] “a actual Assembleia da República aprovou uma disposição segundo a qual os deputados do parlame

Auto bailout collapses

O Senado dos Estados Unidos não conseguiu chegar a um acordo sobre o pacote de ajuda para os fabricantes de automóveis americanos, pondo fim a qualquer oportunidade de acção do Congresso neste sentido ainda este ano. This is the end? Mais informaçao aqui: http://money.cnn.com/2008/12/11/news/companies/auto_bailout_senate/index.htm?postversion=2008121200

Poder de compra

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De acordo com noticia adiantada pelo Público: "Os portugueses perderam poder de compra entre 2005 e 2007 relativamente à média da União Europeia e Portugal surge na cauda da lista dos 15 países da Zona Euro, com o pior poder de compra de todos, nos 76,2 por cento, segundo dados hoje apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)." [..] Esta avaliação não inclui os dados deste ano [...] a Espanha, tem um nível de riqueza seis por cento superior à média comunitária.

Auto Bailout

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Os democratas representados no Congresso Norte Americano estão a propor um corte dramático nas ajudas aos três grandes construtores de automóveis americanos. De acordo com os últimos dados disponíveis o apoio rondará os 11,7 mil milhões de euros. Na proposta pensa-se ainda impor aos construtores um “Czar” que ajude a arrumar a casa a fazer a reestruturação das três empresas. Uma das pessoas que me vêm á cabeça é Lee Iaocca que salvou a Chrysler na falência nos anos 80, quando pediu ajuda estatal e dois anos depois pagou todo o empréstimo recebido. Contudo esta solução não é nada prática devido ao conflito de interesses que essa solução iria implicar e tendo em atenção a cultura de gestão norte-americana. Por cá, na semana passada o governo apresentou um conjunto de propostas para apoiar a indústria automóvel. Uma das propostas é a implementação de um plano de formação a ser ministrado aos operários das empresas do sector. O governo não especificou qual a natureza das acções de formaç

A dissolução

Ha meio ano Cavaco fez parar Portugal com uma comunicação inesperada sobre o estatuto dos Açores. Numa altura de inicio de crise economica os Portugueses estavam a espera de algo muito mais relevante do que acabou por ser o conteudo dessa comunicação. Tendo Cavaco afirmado que considerava inadmissivel a implementação do estatuto porque punha em causa os poderes do Presidente e sabendo que o PS se prepara para aprovar a lei sem nenhuma alteração só resta a Cavaco dissolver a Assembleia da Republica.

A British Lesson on Auto Bailouts

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Ainda sobre o mesmo tema um bom exemplo do que se passou com a industria automóvel británica. O ultimo exemplo foi o que aconteceu com a Rover. This is not the story of Ford and General Motors , but British Leyland, a car company that went through £11 billion of inflation-adjusted British taxpayer money, or $16.5 billion, in the ’70s and ’80s before going out of business. All that is left of the company now are memories of cars like the Triumph, and a painful lesson in the limited effectiveness of bailouts. “It’s all too evocative,” said Leon Brittan, a top official in the government of Margaret Thatcher , the free-market-minded prime minister who nevertheless backed the rescue. “I’m not telling the U.S. what to do, but the lessons of the British experience is don’t throw good money after bad. British Leyland carried on for a few more years, but they’re not there now, are they?” Other experts are sounding the same alarm. “The British Leyland experience is a relevant and cautionary on

Let Detroit Go Bankrupt

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Este artigo que aqui se transcreve do New York Times é importante para se compreender até que ponto o governo deve ajudar ou não empresas em sérias difdiculdades. IF General Motors , Ford and Chrysler get the bailout that their chief executives asked for yesterday, you can kiss the American automotive industry goodbye. It won’t go overnight, but its demise will be virtually guaranteed. Without that bailout, Detroit will need to drastically restructure itself. With it, the automakers will stay the course — the suicidal course of declining market shares, insurmountable labor and retiree burdens, technology atrophy, product inferiority and never-ending job losses. Detroit needs a turnaround, not a check. I love cars, American cars. I was born in Detroit, the son of an auto chief executive. In 1954, my dad, George Romney, was tapped to run American Motors when its president suddenly died. The company itself was on life support — banks were threatening to deal it a death blow. The stock

Crise Financeira

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Para quem pretender entender de forma simples e clara o que esteve por detrás da actual crise financeira clique no link abaixo. O video está em Espanhol, mas é de uma clareza assustadora e vale mais do que todos os artigos de opinião que se possa ler sobre o assunto. http://www.youtube.com/watch?v=lU-j2mIwOpE

Seria Eça um visionário?

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Estou em crer que quando me foi feito o convite para participar deste blog, nada mais se esperava que não fosse a minha capacidade para analisar as facetas mais "ligeiras" da nossa sociedade. Isto tentando sempre ser o mais descomprometido, irónico e engraçado possível. Não obstante nada me impede de, de vez em quando, optar por um discurso mais solene, enveredando nas minhas fugazes contribuições, pela análise de assuntos de índole mais intelectual e porventura de um maior grau de inteligibilidade. Só neste modelo de discurso me poderei fazer entender junto de uma classe especial de profissionais existente no nosso país. A estes rogo o meu perdão por almejar fazer-me entender junto de tão elevado grupo de intelectuais desportivos. Como me falham as palavras e o título do "post" o indica, por minha iniciativa deixo a um Carlos uma adaptação livre de Eça. "Quando entrou no quarto foi ver-se ao espelho, enternecido de sentir-se tão bom - e vinham-lhe ao mesmo tem

Momento da verdade

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O recente post criou muito desagrado ao Guru Steve Towers. vejam as mensagens de apoio ao post que aqui foi reproduzido no BP Group do Linked In. Johan Telen told: Hi folks, good exchange! Here are my thought: I intend to agree with Alberto here. We've seen dramatic improvements in some transactional core process we focus on (in drug development area) and yes the thing everyone recognizes are the detailed flow charts. And yes they do have value, without them it would not have happened. But an even bigger contributor to that success was the relentless chasing and follow up of people; making sure they understood each other, all knew what was ment by that flow chart and what it ment for them. In my experience it therefore boils down to the fact that for real break through sustained results you need all of the above: proces management, project management, change management and improvement tools which depending the case are six sigma, lean, design for x, or more likely a combination o

Lean e Six Sigma

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Steve Towers um guru da gestão dos processos publicou há uns tempos um artigo muito mal estruturado onde descrevia que o Lean e o Six Sigma conduzia à falencia das empresas. Esse artigo pode ser acedido aqui http://www.towersassociates.com/Towers_Associates_IsSixSigmaWorking.html Mais tarde continuou a insistir na ideia e no grupo de discussão BP Group no linkedin.com o seu associado John Corr publicou o seguinte post: Does Lean Six Sigma for Services work any more? I thought I’d start this debate with a quote from Michael George, the originator of Lean Six Sigma for Services. If he doesn’t know this topic, then who possibly could? In Michael’s recent book ‘Conquering Complexity in Your Business’ he writes "we often found that clients who restricted their efforts to improvement approaches such as Lean and/ or Six Sigma would hit a ceiling on profit generation, though process was significant, there was only so much they could accomplish through process improvement." Now many

Alan Greenspan

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Um livro essencial para verdadeiramente se compreender o que está por detrás das crises financeiras.

La Virgule

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Meus caros amigos (vírgula, :D) após muitas asneiras ler e cometer, sinto que devo dissertar acerca do uso correcto deste sinal de pontuação: Saibam todos que o uso da vírgula depende em muito da capacidade pulmonar de cada um. Surpreendidos? Terá a sua lógica. Senão vejamos: um atleta (e isto também varia com o tipo de desporto praticado), tende a usar a vírgula com menos frequência do que a maioria dos comuns mortais. E isto nada tem de extraordinário! A tendência de todos nós é usarmos os sinais de pontuação (vírgulas incluídas) de acordo com a forma como falamos. Daí se compreenda que um desportista, tendo maior capacidade pulmonar, consiga introduzir no mesmo trecho de uma frase um maior número de palavras sem que seja necessária a utilização de quaisquer sinais de pontuação. É também comum que um nadador utilize menos vírgulas do que, por exemplo, um jogador de golf ou qualquer outro ser de vida mais sedentária. Os chamados desportistas de balcão tem tendência a utilizar menos as

Michael Hammer

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Morreu no passado 4 de Setembro Michael Hammer. Michael Hammer foi um dos precursores do Business Process Management e talvez das pessoas mais influentes no que diz ao pensamento da gestão de processos empresariais. Consultor e autor de 4 livros, sendo o mais conhecido Reengineering the Corporation, onde defendeu que os processos empresariais deveriam ser eliminados e reconstruídos para satisfazerem as necessidades da empresa e do mercado. Michael Hammer foi principalmente uma pessoa de ideias, mais do que um metodologista, mas o seu trabalho teve muita influência na forma como os processos empresariais são geridos. A sua obra é a seguinte: Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution Beyond Reengineering: How the Process-Centered Organization is Changing Our Work and Our Lives The Reengineering Revolution The Agenda: What Every Business Must Do to Dominate the Decade Na Havard Business Review publicou imensos artigos, o último designado The process audit,

Novo browser da Google

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De acordo com um comunicado de impressa da Google a empresa que tem vindo a perder o valor das acções na bolsa vai entrar na guerra dos browsers. É interessante ver como é que isto corre especialmente do lado da Microsoft que coleccionou processos judiciais sobre esta matéria e fez da guerra dos browsers, na altura com a Netscape, uma questão de sobrevivência para a companhia. Google has announced that it will launch a new browser called "Chrome" in 100 countries. The big draw of the browser are some security functions and the ability to have visual tabs, basically laying out your tabs as a virtual comic book of websites. Opinions vary on how big Chrome will be, with some predicting it will beat out IE and Firefox, but others are more skeptical of the hype and point out that just because Google enters a market doesn't mean it will dominate it. Average users may not feel compelled to switch just because of a nifty interface.

Meat Beat Manifesto

Meat Beat Manifesto uma das mais influentes bandas na cena musical, imortaliza Portugal numa música do seu último álbum Autoimmune. A faixa encontra-se disponível apenas na edição em CD e designa-se International Reprise. Foi feito um sampling de um jingle da Radio Renascença com um anúncio da cerveja Sagres. Para saber mais veja o vídeo aqui. Para saber mais sobre Meat Beat Manifesto http://meatbeatmanifesto.com/ http://www.brainwashed.com/mbm/

Turk

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A Amazon sempre foi uma das mais inovadoras empresas. Comprei o meu primeiro livro em 1995 e desde então tenho mantido um relacionamento de proximidade com esta empresa, não pelo tipo de produtos vendidos, que no inicio representava uma verdadeira vantagem competitiva, mas pelo modelo de negócio. Ao longo do tempo a Amazon soube mudar todos os pressupostos estruturados naquilo a que se chama o Costumer Relationship Management, muitas vezes confundido com a implementação de pacotes de software que agregam um conjunto de informações sobre a experiência e interacção com os clientes. A Amazon que no final da década de 90 era considerada pelos média especializados como uma empresa condenada ao fracasso devido as perdas acumuladas (mais um erro de avaliação dos jornalistas) transformou os processos de gestão do relacionamento com o cliente levando-os a um ponto evolutivo que muitas empresas não conseguem sequer imitar. Desde cedo a Amazon soube utilizar a informação recolhida através dos div

Vá lá, só uma medalhinha!

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Sei que vou mexer num assunto sensível. Sei que a discussão acerca de assuntos da pátria gera sempre controvérsia e muitas vezes opiniões radicalizadas. Contudo, o sentimento de frustração que me assola, leva-me pelo menos a desabafar, e por cá fora o que me vai na alma. Antes de mais, tenho de por a questão relativa ao que significará para um atleta de alta competição Português participar nos Jogos Olímpicos. Este é o meu ponto principal. É com esta pergunta que todos deveríamos iniciar quaisquer análises que venham a efectuar ao até agora mísero desempenho dos nossos atletas em "Beijing". E depois da pergunta aparecem-nos as mais variadas respostas, pois cada caso é um caso, e cada atleta terá a sua maneira de encarar a forma como deverá representar Portugal numa competição desportiva à escala planetária. E aqui começam as divergências: uns julgam que será mais do que suficiente culminar a preparação desportiva de 4 anos apenas com uma participação honrosa, que lhes permit

Jornais com artigos de opinião para quê

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Este é um pedaço de um documento publicado em diário da republica oriundo do parlamento da Madeira. Não tinha ideia e penso que os Portugueses também não que era permitido publicar estas coisas. Não é necessário perder tempo a ler artigos de opinião nos jornais porque aqui podemos encontrar o melhor da análise politica Portuguesa. Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira n.º 21/2008/M O perdão das dívidas dos PALOPS a Portugal, decidido pelo Governo Socialista da República, constitui um vitupério ao povo português A actuação política do Governo Socialista da República, e do seu líder, o engenheiro Sócrates, tem sido norteada por constantes provocações, discriminações e afrontas em relação aos portugueses da Madeira e do Porto Santo. O Estado Português, democraticamente mal representado por este Governo Socialista da República, desde há muito que deixou de ser uma pessoa de bem, assumindo uma postura vincadamente persecutória e partidária, relativamente a uma

O Parecer

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Devo dizer que por breves momentos me pareceu estar dentro da intriga do próprio filme Godfather, tal foi o realismo com que o Prof. Freitas do Amaral transcreveu tudo o que lhe foi contado pelos elementos do CJ e descreveu todos os factos que apurou, durante a breve mas conclusiva investigação que levou a cabo para a elaboração deste documento. Agrada-me absolutamente a forma como foi escrito este documento. Já foi várias vezes dito e agora o repito, que o mais comum dos mortais, com o mínimo de dedos de testa para poder ler o Português sem ter de voltar constantemente atrás cada vez que lhe surge uma vírgula, compreende o que está escrito neste documento. Até a forma de organizar a sua maneira de pensar e de obter conclusões me parece inatacável, pois sempre que necessário ali estão as adequadas fundamentações, sempre com recurso à indicação do documento legal e respectivas partes em que se baseiam as interpretações e análises que são feitas. Confirmo também a minha opinião acerca do

A amortização

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Imagine-se você empresário a enviar uma circular para os clientes nestes termos: Estimado Cliente: No sentido de melhorarmos os nossos serviços, decidimos comparar uma máquina nova que custa 500 000 000 €. Esta máquina vai permitir fazer os produtos que amavelmente nos compra de forma mais rápida e com melhor acabamento. Saiba que por isso vamos-lhe cobrar uma taxa de 5€ em cada factura para financiar a sua aquisição. Assim demonstra o seu compromisso para connosco sabendo desde já que a bela máquina que vamos comprar estará aqui sempre à sua disposição para o continua-lo a servir até ao final da sua vida útil. Numa acção sem precedentes, os Portugueses vão ter que suportar o investimento de equipamentos de energias renováveis. Pelas contas apresentadas todos os consumidores de energia eléctrica vão pagar anualmente 35€, reflectido na factura do comercializador de energia. Normalmente as empresas quando investem têm como objectivo prestar melhor serviço aos seus clientes. O investime

Estudo sobre as várias opções energéticas

O Economist lançou há uns meses atrás um excelente estudo sobre as diversas opções energéticas. Numa altura em que se fala muito sobre qual a melhor opção energética a implementar vale a pena ler este documento. http://www.economist.com/specialreports/displayStory.cfm?story_id=11565685 Caso o link fique morto, pesquisar no site através das palavras chave: The Future of Energy The power and the glory

A opção

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O governo anunciou nesta semana um protocolo com a Renault Nissan para a massificação de carros eléctricos em Portugal em 2010. Esta medida se for implementada será talvez uma das mais importantes medidas que algum governo Português tomou. Irá contribuir para a redução da nossa dependência dos produtos petrolíferos, redução das emissões atmosféricas e acessibilidade a um meio de transporte relativamente barato – os carros a comercializar serão carros citadinos, cuja carga fiscal será nula (o primeiro ministro já queria aplicar 30% de imposto automóvel, quando de acordo com o actual enquadramento legal este tipo de veículos é nula), por último irá contribuir para melhorar o a qualidade vida dos Portugueses uma vez que a fatia do orçamento familiar destinada a combustível será dramaticamente reduzida. Podia-se equacionar a opção pelo eléctrico em detrimento do hidrogénio ou outras opções como biocombustíveis, mas é melhor tomar uma opção em detrimento de nenhuma. Portugal posiciona-se c

Irónico ou talvez não...

Não sei se têm estado atentos a tudo o que já se disse hoje e ao que se continua a ouvir acerca do Apito Final, mas acho que continua a haver uma história muito importantes e indiciadora da necessidade de se tratar este caso como um caso de polícia, e, como tal, o mesmo me parece necessitar de uma nova intervenção do Ministério Público. Vamos à história. 1. As escutas. Ora bem, a discussão acerca da admissão ou não das escutas prende-se pura e simplesmente com o facto de as mesmas não serem admissíveis para crimes com moldura penal inferior a 3 anos. Isto daria total razão aos defensores da nulidade das mesmas não fosse o facto, pelos vistos insignificante pois tem sido ignorado pela maioria dos fazedores de opinião que temos tido a oportunidade de ouvir nos vários meios de comunicação social, de os juízes do apito dourado não terem ainda conseguido alterar as acusações de que vários dos principais arguidos são alvo, para crimes de abuso de poder. Este facto seria fulcral pois trata