Lisboa menina e moça

Outro dia fiquei a saber que Garcia Pereira concorre pela n-esima vez a um qualquer cargo politico. Desta feita à câmara municipal de Lisboa. O Garcia é aquele rapaz simpático cujo Freitas do Amaral até apadrinhou a tese de doutoramento e tem uma retórica argumentativa eficaz. Durante a entrevista que deu na rádio, para além de não puder revelar quem é o mandatário e restantes elementos da lista (alguns fadistas do bairro alto), expôs o programa que gostaria de implementar se fosse presidente. Pasme-se, mas o homem veio com uma ideias muito próximas do tempo do império ultramarino. A ver: Lisboa cidade capital do país deve centralizar toda a oferta cultural, económica, social do país e daí exercer a sua pujança contribuindo para o crescimento económico do país. Ora nada mais errado. O que este país precisa é que Lisboa não centralize o investimento e com isso arraste metade da população portuguesa à procura de emprego para a região, porque não existem outras alternativas no país, deixe analfabetas as pessoas porque tudo o que é evento acontece em Lisboa contrariando o esforço que se tem feito com as capitais da cultura, abrindo a mente das pessoas ao contacto com outras experiências e realidades; impedindo que a industria do turismo se desenvolva noutros sítios - já agora até só deveria existir um aeroporto no país. O Senhor Garcia até um homem simpático, mas com posições destas, contrariando até a própria doutrina do partido a que preside, não pode ser levado a sério. Como é que o presidente do PCTPMRPP pode assegurar oportunidades de emprego aos portugueses do norte ou do interior quando defende que tudo deve estar concentrado em Lisboa?

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