Viva o Presidente

O nosso presidente está muito preocupado com as alterações que se perfilam na EDP. Por esse motivo pretende conhecer qual é a estratégia da empresa para dar o aval da nomeação do próximo presidente de administração.

Ora nós já sabemos que o Presidente pretende assegurar que o centro de decisão continua em Portugal, ou seja:

Que os consumidores continuem a pagar mais caro o preço da electricidade;
Que as empresas continuem a ser prejudicadas;
Impedir que os Espanhóis possam oferecer electricidade, televisão, telefone, gás, tudo no mesmo pacote e mais barato (visitem os sites deles);
Que se continue a promover a ineficiência;
Que continue a assegurar o taxo dos que lá estão;
Que não seja construída uma alternativa à produção de energia, designadamente nuclear, permitindo criar investimento, postos de trabalho altamente qualificados e promover a investigação e desenvolvimento e a criação de um pólo tecnológico, contribuindo para a diminuição da nossa dependência dos produtos petrolíferos.

O que é curioso, é que há 2 semanas atrás se andava a discutir muito a questão do âmbito da intervenção do Presidente na esfera governativa. O que se está a passar hoje, é nada mais, nada menos do que a ingerência do Presidente nas matérias que dizem respeito ao governo. Cabe ao governo nomear o administrador pelo controlo indirecto que detêm através da participação da Caixa Geral de Depósitos. A história da preocupação da orientação estratégica para a EDP é um assunto com o qual se deveria ter preocupado antes e não a agora quando a ameaça da liberalização do mercado está a porta e os Espanhóis estão mortinhos por papar o pão e o queijo dos consumidores, como já fizeram com os grandes clientes por intermédio do antigo ministro do Guterres e agora representante da Iberdrola, Pina Moura.

A única decisão acertada deste Presidente foi ter demitido o incompetente do Santana, tudo resto é tanga da Jamaica.

Comentários

Anónimo disse…
Concordo basicamente com o que dizes, mas incomoda-me muito a situação relativa ao Pina Moura. Aliás, isto só podia acontecer em Portugal e provavelmente no Botswana (já nem digo em Angola, esse estado impoluto e livre de corrupção ...). Como é que é possível a um ex-minitro da Economia fazer parte da administração de uma empresa num sector em que já teve competências governativas, e simultaneamente ser deputado no parlamento nacional (aposto que fazendo parte da Comissão de Economia, para ser tudo ainda mais controlado)?????

Isro é demais. Não dá para aguentar (embora dê para perceber por que é que quando militava no Partido Comunista Português era denominado como "Cardeal"). Por este andar, estou a vê-lo a ser nomeado para a administração da GAZPROM, aquela empresa que contratou o Gherard Schroder, e que deve estar mortinha por apanhar este nosso fiel comunista ...

Cassius
Anónimo disse…
Ora até que enfim uma crónica séria, inteligente e rigorosa nas suas apreciações, as quais subscrevo em absoluto, parabéns!
A propósito bem se vê que infelizmente para si o cronista anda arredado de "tachos" casa contrário saberia que "tacho" escreve-se assim mesmo, e não como na crónica onde a palavra mal escrita mais se asemelha com "taxa", algo conpletamente contrário á ideia de "tacho" e com a qual se calhar infelizmente o cronista está mais habituado...
Alberto Manuel disse…
Oh pah, a ideia o TAXO é mesmo essa, algo que está agarrada à empresa e só se vai embora com a idade da reforma.

TAXO = Cravo, Espeto, Implanto, Prendo, Seguro

Capiche?

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