Crónica dedicada aos detractores:

Intróito:

Ponto n.1 – Utilizei a palavra detractor porque me parece uma palavra sonante. Mas na realidade não sei o que ela significa.

Ponto n.2 – Intróito também me parece uma palavra importante. Outro dia no gabinete de uma pessoa muito importante, existiam um conjunto de dossiês espalhados pelas diversas mesas. Quase todos tinham documentos encadernados com argolas pretas e capas transparentes onde se lia em cada um deles, no cabeçalho a palavra intróito. Sendo essa pessoa muito importante, pareceu-me adequada a sua utilização.

Ponto n.3 – Tenho o pleno direito de dizer o que apetece. Este blogue é meu e aqui vem comer quem quer.

Ponto n.4 - Os distintos comensais que criticaram a minha atitude sobre o facto de o trabalho nos roubar o tempo que temos para estar com os nossos e que essa atitude ia ao encontro da queixa generalizada que o pais está mal, temos de aguentar, etc, etc… Pois fiquem a saber que:

Ataque aos malfeitores

Ponto n.º5 – Este pais está mal porque temos um conjunto de pessoas que nas empresas que dirigem não cultivam o espírito da exigência. Consequentemente, as empresas não são competitivas.

Ponto n.6 – Este pais é governado por pessoas que alimentam o tacho e desencorajam os reformadores, a tentar sequer fazer alguma coisa pelas empresas, porque estes, não chegam ao poder. Vocês todos que criticam são uns taxistas (de taxa) e por conseguinte avolumam o problema.

Ponto n.º7 – Este pais tem uma legislação laboral que transforma a celebração de um contrato de trabalho numa garantia de permanência vitalícia por mais incompetente que eu seja.

Ponto n.8 – Essa lei mudou completamente a cabeça das pessoas no que diz respeito ao conceito de mobilidade. Ao contrário do que acontece noutros países, as pessoas querem morar a 5 minutos do trabalho até morrerem. Como a lei protege o trabalhador e este sabe que muito dificilmente será despedido, não encara mudar de trabalho e de local de residência. Por esse motivo, se o conjugue tiver uma oportunidade de ir trabalhar para outro sítio dificilmente o conseguirá fazer porque o outro não o acompanha.

Ponto n.9 – Neste país o culto predominante não condena a não-aceitação de uma oferta de trabalho. Nos países de predominância religiosa protestante, tal acto é inaceitável.

Conclusão

Ponto n.10 – Estou farto de remar contra a maré. Vou abrir uma boutique de pão quente. Ou será melhor abrir uma boutique de carnes? O Futuro a Deus pertence.

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