Mudam-se os tempos mudam-se as vontades II


No Jornal de Noticias foi publicada sobre os malefícios da pirataria no negócio dos videoclubes.

Se por um lado, a pirataria contribui para a diminuição da receita, existem outros factores como o aumento de poder de compra que permite adquirir DVD’s ao preço da uva mijona (veja-se também por exemplo as colecções dos jornais que editam filmes a 5€) e o facto de as pessoas irem mais vezes ao cinema (alteração de hábitos) e dispensarem a revisitação, ou espera no clube de vídeo.

Mas o principal factor que vão contribuir para afundar os clubes de vídeo, vai ser a distribuição de filmes legalmente pela internet. Os livros vão pelo mesmo caminho.

Lojas como a FNAC serão reduzidas a lojas de electrónica de consumo (se aguentarem a concorrência de empresas dedicadas ao negócio como a Rádio Popular) e a livros do tipo romance.

Mais tarde ou mais cedo vai ser possível efectuar download legais de filmes da mesma forma como no iTunes, a Amazon, está a negociar com as editoras de livros a venda digital de forma alargada – neste momento apenas alguns títulos estão disponíveis – e a possibilidade de comprar apenas capítulos de livros – especialmente útil em livros técnicos. Quando esta nova forma de distribuição estiver disponível, os videoclubes fecham definitivamente. Em relação ás livrarias, resta-lhes reduzir os espaços, vender literatura Portuguesa e uns romances traduzidos e pouco mais.

Será curioso observar que aquelas pequenas livrarias que resistiram ao longo dos anos estarão novamente em pé de igualdade a concorrer com os tubarões, mas com uma vantagem: os proprietários e os funcionários detêm uma cultura literária muitíssimo superior do que os funcionários temporários colocados ao serviço da FNAC. Estes apenas aprenderam a decorar a prateleira onde o Livro do Miguel de Sousa Tavares se encontra, pouco mais de valioso poderão fornecer ao cliente.


Uma curiosidade:

Na década de 80, existiam lojas especializadas na venda de filmes (na altura em VHS) e que custavam 13 contos. E vendiam-se!

Comentários

Anónimo disse…
Parabens pela fotografia ficaste mesmo muito bem, onde compraste aquela roupa tão gira:.....
Anónimo disse…
nunca se deve menosprezar a força do comércio "real" entendendo-se como real o acto de compra fisico; o embrulho; o "boa tarde obrigado"; a "musiquinha de fundo", toda a envolvente estudada para que o consumidor compre - o ambiente; as vendedoras boas; ( no caso da fnac - o ser "moda" comprar e ser visto na fnac...) na realidade se o consumidor só comprasse pela internet, na solidão e silêncio do seu computador, com máquina de calcular ao seu lado e mais importante do que tudo com a sua bcabeça a funcionar, o consumidor não comprava nem um terço daquilo que efectivamente compra; ou seja não comcordo integralmente com a reputada opinião do "artigo" pois embora seja verdade das vantagens e provável futuro nas compras on line; a verdade é que, e o bloquista sabe disso, é que com filhos e mulher, confusão, barulho, musica de fundo, gaijas boas por tudo quanto é lado; um gaijo sai da fnac com merdas que nunca pensaria comprar.....

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