Publicidade enganosa




Nos últimos anos temos assistido à restrição a publicidade de alimentos que contribuem para o aparecimento de doenças degenerativas ou causa de obesidade.

Nos Estados unidos da América, existem já anúncios (como o caso das bolachas OREO) que foram proibidos por incentivarem os miúdos a comerem produtos que lhes causa uma alimentação desequilibrada.

Na semana passada no Reino Unido, foi proibida a venda de produtos como chocolates, bolachas, leite gordo, sandes com maionese, nas escolas e os menus das cantinas estão todos a serem reformulados.

Em Portugal, permite-se que anúncios como os da olá sejam transmitidos para os miúdos associarem um gelado a um lanche equilibrado. O anúncio, que mostra um boneco que se faz passar por mãe do perna de pau, ou do epa, dá a ideia que se os filhos da mãe comerem um gelado da olá ficam com força e bem nutridos. Com todas as vitaminas e o poder do leite e do cálcio. Curiosamente, há uns anos atrás, quem tinha tais poderes era o Nestum!

Por mais restrições que coloquem os miúdos, estes irão sempre ao supermercado comprar o pacote de batatas fritas e a garrafa de Sumol de 1,5 l.

Qual a solução? Para além da composição dos alimentos que não diz nada aos consumidores, deveria existir um aviso muito simples da quantidade comparativa de determinado composto que permitisse identificar rapidamente o que vai lá dentro. Por exemplo, uma garrafa de Sumol, deveria dizer: o conteúdo desta garrafa contém o equivalente a 5 pacotes de açúcar, se a garrafa fosse de 1,5l deveria ser acrescentado que para além da equivalência da totalidade do conteúdo da garrafa, um copo equivaleria a “n” pacotes. O mesmo se passaria para gordura e por aí adiante. A ideia era arranjar padrões que o consumidor facilmente pudesse comparar e memorizar e que no momento da escolha pudesse de livre vontade escolher que pretendia ingerir tamanha quantidade de malefício para a saúde pelo menos as pessoas saberiam que a quantidade de xarope de dextrose na água purificante equivaleria a 2 pacotes de acuçar. No caso dos produtos não vendidos em embalagens. Como caso da pastelaria, teriam de ser colocados avisos junto dos produtos.

Complementarmente, deveriam existir avisos de quantidade máxima de ingestão diária recomendada, ou seja, da mesma forma que muitos produtos publicitam que ao beber o frasco da fruta prensada, se está a garantir a introdução no nosso organismo de 50% da dose diária recomendada de vitaminas, deveria também dizer que se estava a consumir 150% da dose diária de gordura admissível.

Nota: Hoje no noticiário diziam que um bolo de arroz tem mais calorias do que um DONUT. Será possível? Ou trata-se de publicidade enganosa?

Nota 2: No site da olá só há lugar para dieta equilibrada

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