O fim da fábrica da Azambuja


Foi anunciada pela administração da General Motors o fecho da fábrica da Azambuja que fabricava o Opel Combo, um modelo comercial derivado do Corsa.

Existem algumas ideias erradas acerca do seu encerramento.

1º A responsabilidade é da gestão e não dos trabalhadores.

A gestão tem a obrigação de maximizar o rendimento e ser mais eficiente. Os gestores de Unidades de negócio, ou suas extensões, são comparados sistematicamente com unidades idênticas dentro do mesmo grupo, produtividade, cumprimento de prazo de entrega, qualidade, etc, todos estes indicadores estão disponíveis a qualquer director industrial, ou responsável, que sabe como se deve mexer para não perder o comboio do investimento e não deixar aumentar o risco de encerramento.

2º O custo da mão-de-obra também não é motivo

Está mais que provado que existem industrias onde os produtos são fabricados em locais onde o custo de mão-de-obra é alto e no entanto as fábricas não fecham, vejam por exemplo o grupo Electrolux que exporta máquinas de lavar da Alemanha para os Estados Unidos. O que importa é o partido que se tira da infra-estrutura e do conhecimento e métodos de trabalho que contribuem para reduzirem o desperdício.

3º Os protestos sobre os aumentos também não ajudam muito

Ao contrário do que acontece na Autoeuropa onde as discussões salariais são discutidas dentro de casa sem grandes burburinhos e fuga de informação para a comunicação social, na fábrica da Azambuja as coisas não funcionam da mesma forma. No momento de decidir ninguém gosta de trabalhar com umas forças vivas hostis.

4º O Ministro devia estar calado.

De nada serve ao ministro dizer que a Opel vai ter pagar a indemnização. Esse valor está coberto nos subsídios que o governo Russo vai oferecer pela abertura da nova fábrica.

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