A Espuma
O Livro recentemente publicado por Adriano Moreira criou-me bastante expectativa dado o percurso político do Professor. Foi Ministro do regime ditatorial onde ficou encarregue da gestão da política ultramarina, foi líder do CDS e é considerado nestes últimos tempos um dos últimos “Senadores” Portugueses.
Tendo em atenção que se trata de um livro de memórias, temos de respeitar a opção da redacção escolhida e dos temas abordados, contudo penso que se trata de uma oportunidade perdida dada as experiências pelas quais o Professor passou.
Numa altura em que existe algum revivalismo dos tempos da ditadura e do pós 25 de Abril fruto de muitas publicações sobre esses períodos feitos por historiadores, estudiosos ou por outros intervenientes nos diversos períodos políticos Portugueses estaria á espera que nos fosse trazido o que se passou e porque se passou por quem lá passou.
O Livro começa com alguma ternura sobre o tempo em que se relata as origens Transmontanas e a passagem para a cidade de Lisboa até á entrada na Universidade com um detalhe e um estilo de escrita Queirosiano. Eu penso que esta é a melhor parte do livro.
A partir daqui há um descrever excessivo de pessoas e dos relacionamentos pessoais tidos com quem o autor se cruzou e que lhe dizem muito (isso nota-se) mas dizem muito pouco à maioria dos Portugueses. Do período ministerial fala-se sobretudo das visitas que fez aos países das ex-colónias de forma um pouco inócua e das opiniões que algumas das partes interessadas sobre o modelo de governação do império. Do processo de Guerra Colonial pouco foi aprofundado. Há algum desenvolvimento sobre a governação do Professor Marcelo Caetano e do período revolucionário fala-se sobretudo da sua reflexão em estilo de ensaio, muito centrado nos processos de saneamento que ocorreram após a revolução.
Do CDS não existe nenhum facto relevante.
Eu gostaria mais que o professor se tivesse dedicado a contar como as coisas funcionavam quando era Ministro qual a sua visão do processo de descolonização e da revolução. Um pouquinho da sua experiência como dirigente do CDS também seria bem vindo dado que com o tempo de afastamento da política poderíamos ter uma outra visão dos meandros da politica Portuguesa que seria de certeza, também, muito bem vinda.
Tendo em atenção que se trata de um livro de memórias, temos de respeitar a opção da redacção escolhida e dos temas abordados, contudo penso que se trata de uma oportunidade perdida dada as experiências pelas quais o Professor passou.
Numa altura em que existe algum revivalismo dos tempos da ditadura e do pós 25 de Abril fruto de muitas publicações sobre esses períodos feitos por historiadores, estudiosos ou por outros intervenientes nos diversos períodos políticos Portugueses estaria á espera que nos fosse trazido o que se passou e porque se passou por quem lá passou.
O Livro começa com alguma ternura sobre o tempo em que se relata as origens Transmontanas e a passagem para a cidade de Lisboa até á entrada na Universidade com um detalhe e um estilo de escrita Queirosiano. Eu penso que esta é a melhor parte do livro.
A partir daqui há um descrever excessivo de pessoas e dos relacionamentos pessoais tidos com quem o autor se cruzou e que lhe dizem muito (isso nota-se) mas dizem muito pouco à maioria dos Portugueses. Do período ministerial fala-se sobretudo das visitas que fez aos países das ex-colónias de forma um pouco inócua e das opiniões que algumas das partes interessadas sobre o modelo de governação do império. Do processo de Guerra Colonial pouco foi aprofundado. Há algum desenvolvimento sobre a governação do Professor Marcelo Caetano e do período revolucionário fala-se sobretudo da sua reflexão em estilo de ensaio, muito centrado nos processos de saneamento que ocorreram após a revolução.
Do CDS não existe nenhum facto relevante.
Eu gostaria mais que o professor se tivesse dedicado a contar como as coisas funcionavam quando era Ministro qual a sua visão do processo de descolonização e da revolução. Um pouquinho da sua experiência como dirigente do CDS também seria bem vindo dado que com o tempo de afastamento da política poderíamos ter uma outra visão dos meandros da politica Portuguesa que seria de certeza, também, muito bem vinda.
Comentários
De facto o livro fica além das suas expectativas no que concerne aos pontos refletidos.
Pessoalmente também não esperava muito mais atenta a pessoa em causa - muito contida e com alguma idade - pessoa que mereçe o nosso respeito, relembrando apenas que viveu de forma muito confortavel num regime de ditadura - não democrático - o que não abona muito a seu favor.....