Reboot
Ao longo das últimas décadas, a indústria da música andou às voltas para tentar bloquear a forma como o mercado poderia funcionar sem a sua existência. O argumento seria a protecção dos direitos de autor. Esse é um falso argumento. Há uns anos atrás quando apareceu um serviço de download ilegal, o Napster, as editoras conseguiram através de processos judiciais fechar o serviço, dando razão à sua argumentação ou seja, era sujo copiar dados que tinham direitos de autor. Mas esse não era o verdadeiro problema.
A questão fundamental estava relacionada com o meio, ou o canal de distribuição dos conteúdos musicais. Habituadas a vender os seus produtos de forma física, em lojas, a indústria não entendeu que esse canal de distribuição estava a médio prazo condenado ao fracasso. Vários factores contribuíram para isso: o facto de apesar do Napster ter sido encerrado em nada resolveu a questão, porque logo apareceram outros serviços capazes de manter os servidores no ar permitindo que os utilizadores continuassem a efectuar os downloads de forma ilegal, mais tarde já de distribuía não só livros, mas também filmes e séries de televisão porque o aumento da largura de banda assim o permitiu; temos então uma mudança de atitude no acesso aos conteúdos, as pessoas passaram a pretender ter acesso ao seu reportório musical em suporte digital, desabituando-se a comprar os CD’s; por outro lado os fabricantes de hardware criaram dispositivos que permitem levar na palma da mão uma colecção de CD’s, algo que antigamente era fisicamente impossível, há uns anos atrás tinha-se de levar um leitor de CD’s portátil, em conjunto com uma bolsa com mais uns CD’s, para se conseguir ter umas horas de música tivesse-se a correr no parque, ou na viagem de comboio ou avião o não era nada prático; a Apple para além ter simplificado a utilização desses dispositivos, também os tornou num objecto de culto o iPOD; ora foi precisamente a Apple que revolucionou a forma como compramos música, ao criar o serviço iTunes, onde se pode comprar uma música por 1€, tornou o acesso aos conteúdos de uma forma bastante acessível, recordo que na década de 80, quando era vulgar comprar discos de vinil em 45 rpm, designados os singles, um disco com duas músicas (normalmente a que estava no lado B era para deitar fora ou era uma versão instrumental) custava precisamente 1€, democratizou-se então o acesso.
Faltava uma última coisa: os músicos estavam fartos de estarem presos a editoras que lhes limitavam a criatividade, os obrigavam a mudar as linhas de orientação musical e ainda lhes ficavam com uma soma considerável do dinheiro resultante da venda dos discos. Sobrava aos músicos ganhar dinheiro a partir dos concertos que realizavam. Este último passo também já foi dado, Os Radiohead e os Nine Inch Nails, já não tem oficialmente editora, outros certamente se seguirão.
A questão fundamental estava relacionada com o meio, ou o canal de distribuição dos conteúdos musicais. Habituadas a vender os seus produtos de forma física, em lojas, a indústria não entendeu que esse canal de distribuição estava a médio prazo condenado ao fracasso. Vários factores contribuíram para isso: o facto de apesar do Napster ter sido encerrado em nada resolveu a questão, porque logo apareceram outros serviços capazes de manter os servidores no ar permitindo que os utilizadores continuassem a efectuar os downloads de forma ilegal, mais tarde já de distribuía não só livros, mas também filmes e séries de televisão porque o aumento da largura de banda assim o permitiu; temos então uma mudança de atitude no acesso aos conteúdos, as pessoas passaram a pretender ter acesso ao seu reportório musical em suporte digital, desabituando-se a comprar os CD’s; por outro lado os fabricantes de hardware criaram dispositivos que permitem levar na palma da mão uma colecção de CD’s, algo que antigamente era fisicamente impossível, há uns anos atrás tinha-se de levar um leitor de CD’s portátil, em conjunto com uma bolsa com mais uns CD’s, para se conseguir ter umas horas de música tivesse-se a correr no parque, ou na viagem de comboio ou avião o não era nada prático; a Apple para além ter simplificado a utilização desses dispositivos, também os tornou num objecto de culto o iPOD; ora foi precisamente a Apple que revolucionou a forma como compramos música, ao criar o serviço iTunes, onde se pode comprar uma música por 1€, tornou o acesso aos conteúdos de uma forma bastante acessível, recordo que na década de 80, quando era vulgar comprar discos de vinil em 45 rpm, designados os singles, um disco com duas músicas (normalmente a que estava no lado B era para deitar fora ou era uma versão instrumental) custava precisamente 1€, democratizou-se então o acesso.
Faltava uma última coisa: os músicos estavam fartos de estarem presos a editoras que lhes limitavam a criatividade, os obrigavam a mudar as linhas de orientação musical e ainda lhes ficavam com uma soma considerável do dinheiro resultante da venda dos discos. Sobrava aos músicos ganhar dinheiro a partir dos concertos que realizavam. Este último passo também já foi dado, Os Radiohead e os Nine Inch Nails, já não tem oficialmente editora, outros certamente se seguirão.
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